Como Não descobrir o seu Propósito

O tema propósito de vida tem sido discutido há bastante tempo nos meios de comunicação, rodas de amigos, faculdades, empresas. Há diversas formas de descobrir e viver o seu propósito, mas você já se perguntou se está no caminho certo?
Vou abordar 3 razões pelas quais você pode não descobrir seu propósito e até se distanciar dele, claro que estas não são os únicos motivos,mas podem ajudar para que você comece a prestar atenção se está seguindo ou não para um caminho que lhe levará aonde verdadeiramente deseja.
1 – Olhar para fora e não para dentro de si para encontrar o propósito
Jung já dizia que quem olha para dentro acorda, mas sonha (ou se ilude) ao olhar para fora. Ele quer dizer que a única forma de se tornar consciente de si mesmo é se conhecendo, e o propósito começa a ficar claro à medida que alguém se conhece.
Quem é você? Difícil responder rapidamente,concorda? É por isso que a buscar pelo autoconhecimento é algo tão importante. Desenvolver uma imagem mais real de si e com mais profundidade do que simplesmente se definir por aquilo que fazemos ou por algo externo a nós é um processo que leva tempo e vamos adquirindo clareza aos poucos.
Infelizmente, não conseguimos descobrir quem somos só olhando para o que aprendemos ao longo do tempo, para esse aprendizado que vem de fora. Desde pequenos, somos ensinados a seguir o que “os mais velhos” nos dizem para fazer, e acabamos moldados por normas sociais, que até certo ponto são necessárias, mas, por outro lado, podem nos atrapalhar quando esse processo se estende para algo mais pessoal como o propósito da nossa vida.
A maioria das pessoas que nos orientaram, mesmo com boas intenções, escolheu nos colocar dentro de compartimentos que faziam mais sentido pra elas e não para nós, se você teve uma experiência diferente, considere-se uma sortudo(a). Para ganhar a aprovação delas, a gente se sujeitou a caber nesse quadrado. Para manter essa aprovação e recompensa social, nos condicionamos a negar muitas vezes quem somos. E acabamos escolhendo ser outro indivíduo menos nós mesmos (as),e experimentamos o desespero e angústia e da insatisfação.
2 – Escolher uma carreira/profissão sem ouvir um chamado interior
Por seguir apenas as recomendações de fora sem levar em consideração os talentos, gostos e interesses pessoais, a frustração pode chegar quando menos se espera.
Já na adolescência, começa uma cobrança por definição. Nos últimos anos do ensino médio, há toda a pressão dos pais, amigos e da sociedade por uma carreira definida e que, de preferência, garanta um futuro bem-sucedido em pouco tempo e uma vida financeira estável e tranquila.
Pelo ponto de vista da sociedade (ou dos meios de comunicação), a imagem e o conceito de sucesso se reduziu a uma checklist de requisitos como:
Formar no colégio;
Fazer uma faculdade;
Casar;
Ter filhos;
Ter estabilidade financeira e
Planejar o futuro depois que parar de trabalhar para aproveitar.
Esta estrada aparentemente bem pavimentada e sem surpresas inspira mais acomodação do que entusiasmo e propósito. Fomos moldados a não sermos mais do que querem que a gente seja. Foi imposto um medo de não corresponder a expectativas, de errar e assumir que fizemos uma experiência, e com isso, deixamos de aprender algo além do que existe em teoria. Estamos tão ocupados evitando sair da caixa que concordamos silenciosamente, esquecendo que a felicidade, realização pessoal e realização profissional ficaram presos em algum canto escuro.
E como reencontrá-las? Começa com a curiosidade por coisas antigas ou novas que despertam interesse, que depois se transforma em gosto, paixão, que você simplesmente não se podem mais deixar de fazer.
3– Não procurar o silêncio e nem cultivá-lo para achar o propósito
Para muitas pessoas, o silêncio ou é uma angústia ou uma perda de tempo. Somos estimulados à ação compulsiva e à conquista imediata – essa é a base do sucesso concebido pela sociedade. Mas, para conhecer a si mesmo e ouvir o que o coração fala ajudar na busca do propósito, é preciso silenciar. É neste silêncio que é possível descobrir a essência da sua própria vida, por mais “estranho” que possa parecer. Sem silêncio, não há caminho para dentro. Uma forma muito usada para cultivá-lo é a meditação.
Embora algumas pessoas se saiam bem pessoal e profissionalmente sem esse silêncio, se prestarmos atenção, vamos perceber que elas o cultivam de alguma maneira por meio de momentos de contemplação, com bastante freqüência. Enquanto a experiência de estar preenchido do seu próprio propósito é calmante e satisfatória, que já favorece esse momento de silêncio, a experiência de estar fora do seu caminho (mesmo que você esteja se dando muito bem) traz angústia e inquietação; por esse motivo, fazer silêncio dentro de si se torna uma prática aflitiva e incômoda e, assim, você rejeita a situação de confronto com a própria sabedoria interna e a percepção do que está tão nítido. Experimente fazer uma meditação e quando sentir que entrou no espaço de silêncio interno, pergunte a si mesmo: “Eu estou satisfeito(a) e feliz com a minha vida?”.
A V.M , minha cliente de Coachterapia – Psicologia Positiva aliada ao Melhor do Coaching – Vida com Propósito, começou a ter clareza que precisava fazer algo na sua vida durante o processo com a prática da meditação que realizou durante um momento muito difícil na sua carreira. Foi a partir daí que começou a agir na direção do seu propósito de vida e hoje se sente muito realizada.